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quarta-feira, 4 de março de 2015

Os dez torneios mais bizarros #1

Sabe aquele título que o seu amigo adora se gabar mas que você nunca entendeu a importância? Pois é, exatamente esse tipo de torneio que estamos falando. Copa Sul-Minas? São Paulo e Flamengo campeões dos campeões mundiais? Taça Olímpica do Fluminense? Galo campeão do gelo? Tem muito torneio bizarro no mundo do futebol.

A Footnager reuniu os dez mais esquisitos. E abre os comentários para você, leitor, lembrar qualquer outro que não tenhamos mencionado. Mas alertamos: é tudo na base da brincadeira, viu? Então chute o mau humor pra longe das arquibancadas e divirta-se.

10 - Copa Sul-Minas.

Quando os regionais voltaram a ganhar força, um grande problema patrocinado pela geografia aconteceu. Como os campeonatos eram formados pelas regiões do país, envolvendo clubes de estados vizinhos, acabou que Minas Gerais ficou isolado dos demais torneios. Existia um campeonato para o norte, o Rio-São Paulo, a Copa Sul e a Copa Nordeste.


Minas podia escolher em formar um campeonato com clubes mato-grossenses e do Espírito Santo, mas resolveu chutar a lógica geográfica para escanteio e disputar a Copa Sul, rebatizada para Sul-Minas. Para os mineiros, comendo quieto, foi ótimo negócio: ganharam todas as três edições, com América-MG em 2000 e Cruzeiro em 2001 e 2002. Já os sulistas receberam um tremendo presente de grego, não conseguiram vencer nenhuma das edições do finado campeonato.

9 - Campeões mundiais por fax.

Os são-paulinos, Colorados e Corinthianos relembram com orgulho os seus títulos mundiais. Até outros clubes brasileiros comemoram títulos Intercontinentais que eram os maiores da época.

Falta, então, o Palmeiras conquistar o mundo. Faltava. Para o palestrino fanático, 1951 foi o ano da glória máxima para o clube, com a conquista da Taça Rio. O torneio trazia os principais campeões europeus e da América do Sul para se enfrentarem em São Paulo e Rio, com a presença dos campeões paulista e carioca. O Verdão passou por Nice-FRA, Estrela Vermelha-SER, Vasco, e, na final no Maracanã, bateu a campeã italiana Juventus. Em 1952, seria a vez do Fluminense vencer o Corinthians na final.

Com a pressão de rivais campeões mundiais, mais de meio século depois, Palmeiras e Flu entraram com um pedido de reconhecimento da Taça Rio como precursora do Mundial de Clubes na FIFA. A entidade teria enviado um fax - exibido como taça em 2001 - confirmando o pedido. Alguns anos mais tarde, a própria FIFA mandou palmeirenses e tricolores relaxarem, que a Taça Rio tinha sido bacana, mas não Mundial.

8 - Copa Bandeirantes.
Em 1994, a Copa Bandeirantes daria uma vaga na Copa do Brasil do ano seguinte. Até aí tudo bem. Mas o torneio incluía os melhores participantes da primeira, segunda e terceira divisões do Campeonato Paulista. Ou melhor: os seis primeiros da Série A1 mais os campeões da Série A2 e A3.

O mais curioso nisso tudo é que o Palmeiras, campeão paulista em 1994, e o São Paulo, vice, já tinham vaga garantida na Copa do Brasil de 1995. E, ainda assim, ambos participaram do torneio, vencido pelo Corinthians, terceiro colocado no Paulistão. Sorte do Timão: foi campeão da Copa do Brasil, também!

7 - Os superestaduais.
Em 2002 o calendário do futebol brasileiro era ainda muito pior do que o atual. Muito pior. Era necessário fazer caber no exíguo espaço de 365 dias os estaduais, campeonatos regionais, a Copa do Brasil, Copa Libertadores, Campeonato Brasileiro e a Copa do Mundo. Para driblar as limitações do ano em 12 meses, os inventivos cartolas brasileiros resolveram desobrigar os grandes clubes de disputarem os estaduais, liberando as datas para os regionais, como a Copa Nordeste, Copa Sul-Minas e o Rio São Paulo.

Os estaduais foram disputados pelos clubes do interior e isso gerou campeões inéditos, como Iraty no Paraná e Ituano em São Paulo. Em seguida, os grandes voltavam e, com o campeão estadual, disputavam o Supercampeonato. Em São Paulo , o supercampeão paulista foi o São Paulo e no Paraná, o Atlético-PR.

6 - A Pequena Taça do Mundo.
Uma competição internacional de futebol na Venezuela - que não seja a Copa América - já é bizarra por si só. Organizada por um grupo de empresários que bancavam a ida dos clubes europeus e sulamericanos, o torneio teve vida longa. Existiu entre 1953 e 1957, e contou com Real Madrid e Barcelona como campeões. Em 1954, foi a vez do Corinthians; e, em 1955, o São Paulo.
Em 1963, ela teve continuação com o nome de Troféu Cidade de Caracas, mas perdeu o caráter oficial. Mais bizarro ainda: em 63, o craque Di Stéfano foi sequestrado por rebeldes venezuelanos, sendo libertado logo depois.

5 - Fluminense, A Taça Olímpica
A Taça Olímpica, também chamada de Taça de Honra, é concedida pelo Comitê Olímpico Internacional e considerada a mais alta honraria do esporte mundial. Até os anos 1950, era entregue a clubes e personalidades. E, em 1949, o Fluminense tornou-se o único clube brasileiro a conquistá-la.
Tudo muito bonito. Mas o bizarro é que, a rigor, é uma taça que o Fluminense conquistou sem disputar partida alguma, que não tem relação alguma com futebol e da qual, por uma série de motivos, os torcedores se orgulham muito. A tal ponto que, recentemente, o clube das Laranjeiras resolveu festejar o feito e a conquista, bordando no uniforme o perfil do troféu.

4 - Copa dos Campeões Mundiais
Todos querem ser campeões mundiais, seja no Japão, seja em Abu Dhabi. Mas poucos, na verdade apenas duas torcidas, podem comemorar o feito de serem "campeões entre os campeões mundiais". O Bizarro já começa pelo nome, Copa dos Campeões Mundiais sendo que o participantes eram os Brasileiros campeões da Copa Intercontinental, o certo seria Copa dos Campeões Intercontinentais, certo?

São Paulo e Flamengo venceram o torneio, que era organizado pelo SBT no mês de julho, entre o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão. O campeonato era disputado por São Paulo, Santos, Flamengo e Grêmio, teve três edições, 1995 e 1996, vencidas pelo Tricolor Paulista, e 1997, a última, vencida pelo Flamengo.

3 - Copa Centenário de Belo Horizonte
A simpática Belo Horizonte completou, em 1997, seus primeiros cem anos de fundação. Prefeitura, imprensa e Federação Mineira de Futebol se uniram para organizar um evento esportivo à altura da capital mineira e seu imponente estádio de futebol.

Imagine comemorar cem anos de BH com menos de dez mil pessoas vendo o clássico dos clássicos, América Mineiro contra o Milan. Imaginou? Deve ter imaginado, porque ninguém se lembra da bizarra competição que, além de Milan e Coelho, colocou, frente a frente, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Benfica, Corinthians, Flamengo e Olimpia-PAR em monótonos confrontos no intervalo de tempo entre os estaduais e o Brasileirão/97.

A final, após a fase de grupos, ainda colocou 40 mil torcedores no Mineirão para ver o Galo bater o Cruzeiro, no clássico mineiro.

2 - Copa Suruga Bank
"Campeão de tudo", comemoravam os colorados após o Inter bater o Estudiantes e se tornar o primeiro brasileiro campeão da Copa Sul-Americana. Mas eles estavam enganados. Um título estava ainda ausente na lista colorada: a Copa Suruga Bank.
 
Disputada entre o final de julho e começo de agosto entre o campeão da Sul-Americana e o campeão da Copa da Liga Japonesa, a Copa Suruga Bank é uma parceria entre a Conmebol e a J-League. E foi conquistada pelo Internacional com vitória por 2 x 1 frente ao Oita Trinita, com grande atuação de Andrezinho.

Para alguns colorados, o torneio de nada serviu, além de deixar Taison contundido e atrasar alguns jogos do Internacional no Campeonato Brasileiro e deixar o elenco cansado. Para outros, porém, mais otimistas, a vitória suada serviu para, finalmente, poder gritar: "Campeão de tudo!"

1- Atlético MG, O Campeão do Gelo
"Nós somos campeões do gelo/ O nosso time é imortal/ Nós somos campeões dos Campeões/ Somos o orgulho do Esporte Nacional". Essa é a quarta estrofe do Hino do Atlético-MG. Pode conferir, não é mentira.

Mas o que eles querem dizer, afinal, com "somos campeões do gelo"? Na verdade, não foi nenhum torneio oficial. Nem mesmo um torneio amistoso. O hino se refere a uma excursão feita pelo Galo à Europa, a primeira de um clube brasileiro no velho continente.

Na Europa, o Atlético encarou, além dos clubes locais, o frio característico do final de ano europeu. Entre os dias 1º de novembro e 12 de dezembro de 1950, o alvinegro encarou o Munique 1860, Hamburgo, Werder Bremen, Schalke 04, Rapid Viena, Saarbrücken, Anderlecht, Eintracht Braunschweig, uma seleção dos times de Luxemburgo e o Stade Français.

Foram 10 jogos com 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Um ótimo retrospecto, claro. Mas, como não era um torneio de verdade, e já que o clube se orgulha do feito a ponto de incluir no hino, o Atlético-MG fica com o primeiro.


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